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A projeção de Haddad sobre um crescimento ‘mais moderado’ em 2025 para segurar a inflação – Economia – CartaCapital

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira 7 que o País continuará a crescer em 2025, mas com “um pouquinho mais de moderação”, em meio ao esforço para segurar a inflação.

O Ministério da Fazenda projeta uma alta de 2,5% no Produto Interno Bruto para este ano, o que marcaria uma desaceleração frente ao avanço de 3,4% em 2024, divulgado nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O consumo das famílias e os setores de serviços e indústria impulsionaram a atividade econômica. Já a inflação em 2024 foi de 4,83% e ultrapassou o teto da meta, de 4,5%.

“Essa calibragem é fundamental para continuar crescendo, mas mantendo a inflação minimamente controlada”, disse Haddad em entrevista ao Flow Podcast.

O ministro também reforçou a avaliação de que os preços de alimentos cairão em decorrência da colheita da safra deste ano. “Uma série de produtos que estão com preços altos hoje vão ficar sob controle quando entrar a safra.”

Destacou, no entanto, a demanda em elevação em todo o mundo por alguns produtos, a exemplo do café.

Segundo Haddad, os bons números do PIB em 2023 e no ano passado apontam um “começo de conversa” em que forças políticas e Poderes passam a perceber que os riscos são elevados e que não é possível manter os níveis tão altos de controvérsia política.

Ele avalia que entre 2013 e 2022 o Brasil teve “uma década ruim”, por desarranjo na economia e por razões políticas. “Quando você coloca tudo na vala comum, da briga, vamos começar a ter problema. Estamos tentando superar essa situação, que ainda persiste, não como no passado recente.”

De acordo com o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento em 13 de fevereiro, produtores brasileiros devem colher 325,7 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25, um crescimento de 9,4% frente à temporada anterior.

O resultado reflete um aumento de 2,1% na área cultivada, estimada em 81,6 milhões de hectares, e a recuperação de 7,1% na produtividade média das lavouras, prevista para 3.990 quilos por hectare, de acordo com a projeção da Conab.

No esforço para reduzir os preços, o governo Lula (PT) anunciou na quinta-feira 6 a decisão de zerar a alíquota de importação de alguns alimentos, como carne, café, açúcar, milho, azeite de oliva e sardinha.

Já nesta sexta, o presidente Lula disse que o governo busca uma solução pacífica para reverter o cenário, mas não descartou a adoção de medidas mais drásticas, caso sejam necessárias. O petista não detalhou a quais potenciais iniciativas se refere.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou por sua vez que o Palácio do Planalto não cogita recorrer a qualquer ação artificial para controlar os preços de alimentos.

Fonte: www.cartacapital.com.br

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