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Chuva de 2h em São Paulo deixa ruas alagadas, Metrô sob água e mais de 100 mil sem luz – Sociedade – CartaCapital

A Defesa Civil do estado de São Paulo emitiu pela primeira vez, na tarde desta sexta-feira 24, um alerta severo de tempestade para os celulares de moradores da capital. Na sequência, uma chuva de duas horas deixou ruas alagadas, carros ilhados, estações do Metrô debaixo de água e mais de 100 mil pessoas sem energia elétrica.

O temporal de 120 milímetros ocorreu na véspera do aniversário da cidade, que completará 471 anos.

Na estação Jardim São Paulo, a enxurrada alagou até os trilhos na Linha 1-Azul. Outro exemplo de destruição é o desabamento parcial do teto do shopping Center Norte.

Conforme uma atualização da Enel divulgada às 21h, ainda havia 118.459 clientes sem energia na área de concessão, a englobar também municípios da Grande São Paulo. Na capital, eram 98.777 no escuro.

Às 15h27, o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas colocou toda a cidade em estado de atenção para alagamentos devido às forte chuvas. O alerta terminou às 17h35.

Registro das fortes chuvas na Vila Madalena, zona oeste da cidade

O dia também foi caótico para os motoristas. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego, às 18h a lentidão no trânsito chegou a 1.062 quilômetros. O índice não superava os 1.000 quilômetros desde 20 de dezembro, a cinco dias do Natal.

A região da subprefeitura de Vila Maria/Vila Guilherme e Vila Medeiros foi a que recebeu o maior volume de chuva entre 15h27 e 17h35 (104,4 mm). Aparecem na sequência Pinheiros-Vila Madalena (90 mm), Santana-Carandiru (83,2 mm), Itaim Paulista-Vila Curuçá (65,4 mm) e Butantã-USP (62,8 mm).

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, a mais intensa rajada de vento na capital ocorreu na estação Mirante de Santana, às 16h, e atingiu 63 quilômetros por hora. Já a Defesa Civil contabilizou 13.190 raios na cidade durante o temporal, dos quais 6.292 atingiram o solo.

Nas redes sociais, adversários do prefeito Ricardo Nunes (MDB) criticaram a atual gestão, reeleita em outubro de 2024.

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que chegou ao segundo turno, afirmou que “a cidade mais rica da América Latina tem a obrigação de estar preparada para as mudanças climáticas”.

“Entre 2021 e 2023, a gestão Ricardo Nunes deixou de gastar quase 1,5 bilhão de reais em verbas de combate a enchentes na cidade de São Paulo. O resultado está aí”, emendou.

Sem mencionar Nunes, Tabata Amaral (PSB) compartilhou nas redes sociais o registro da estação de Metrô sob água e escreveu: “É esse o retrato de anos de descaso, de muito tempo sem ouvir os alertas e sem fazer as adaptações necessárias para que São Paulo sobreviva à mudança climática”.

À noite, em publicação no Instagram, Nunes afirmou que o volume da chuva desta sexta correspondeu à metade do esperado para todo o mês. “Com equipes dedicadas, estamos atuando intensamente: são 345 veículos e 2.400 funcionários trabalhando para minimizar os impactos.”

Fonte: www.cartacapital.com.br

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